Na próxima segunda, panorama do setor será discutido em palestra.
Plínio Nastari discutirá diferenças entre MS e outros estados.
Presidente da Datagro, Plínio Nastari, vai ministrar palestra em MS (Foto: Anderson Viegas/G1 MS) |
Em Mato Grosso do Sul,
os produtores independentes de cana-de-açúcar, ou seja, aqueles que
plantam a gramínea e a vendem diretamente as usinas, são responsáveis
por 7,2% da produção do estado, o que representa cerca de 3,5 milhões de
toneladas, das 48,7 milhões de toneladas que deverão ser colhidas no
ciclo 2014/2015, incluindo a matéria-prima para o setor sucroenergético e
a voltada para outros fins.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (20), pela Associação dos
Fornecedores de Cana Sul-Mato-Grossense (Sulcanas), com base em
informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Com objetivo de analisar os custos de produção e competitividade da
cana-de-açúcar, a Sulcanas e a Federação da Agricultura e Pecuária do
Mato Grosso do Sul (Famasul) apresentam, na próxima segunda-feira (26),
os dados da consultoria Datagro, sobre a evolução do mercado para a
atividade.
O evento, que será realizado as 15 horas, na sede da Famasul, terá
participação do presidente da empresa, Plínio Nastari, que abordará o
diferencial entre a realidade de Mato Grosso do Sul e a de outras praças
produtoras.
"A finalidade do evento é quebrar alguns paradigmas, entre eles o mito de que o nosso custo de produção é inferior aos dos outros Estados produtores", comenta o presidente da Sulcanas, Paulo Junqueira.
"A finalidade do evento é quebrar alguns paradigmas, entre eles o mito de que o nosso custo de produção é inferior aos dos outros Estados produtores", comenta o presidente da Sulcanas, Paulo Junqueira.
A opinião que é compartilhada pelo presidente da Comissão de
Agroenergia da Famasul, Luis Alberto Moraes Novaes, ao ressaltar que a
apresentação da Datagro abordará também a perda da competitividade no
cenário nacional por parte dos produtores de Mato Grosso do Sul. "Em
relação a outras regiões, nossa produção está em desvantagem comercial,
principalmente em comparação ao Centro-Oeste", afirma Novaes.
Segundo o dirigente, ao contrário dos arrendatários que recebem um
valor fixo os fornecedores sul-mato-grossenses são remunerados pelo seu
desempenho, pela produtividade e pelas oscilações do mercado. "O Estado
possui 31 produtores independentes associados a Sulcanas, entidade
responsável por fornecer suporte técnico e político", afirma.
De acordo com o presidente, o cultivo de cana-de-açúcar em Mato Grosso
do Sul enfrenta obstáculos como chuvas irregulares, geadas e poucas
pesquisas regionais. "Precisamos adaptar o pacote tecnológico
desenvolvido para os produtores de São Paulo, região onde o clima e o
solo são muito diferentes dos nossos".
G1 MS
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