Dilma envia representante para debater questões fundiárias com índios


Momento em que Paulo Maldos (de mochila) chega à
 Aldeia Rancho Jacaré, em Aral Moreira (Foto: Ademir Almeida)

A presidenta Dilma Rousseff voltou a enviar representante a Mato Grosso do Sul para participar de Aty Guassu (grande reunião), com lideranças indígenas em Aral Moreira, cidade que ultimamente ganhou destaque no país e no exterior, com o desdobramento de notícias sobre o sumiço do cacique Nísio Gomes.
O representante da secretaria Nacional de Articulação Social da presidência da Republica, Paulo Maldos, chegou a Aral Moreira por volta das 10h desta quinta-feira. A grande reunião, que começou hoje, se estende até a próxima segunda.
O encontro de lideranças está acontecendo na Aldeia Rancho Jacaré e reúne cerca de 300 indígenas de Aral Moreira e região. Mais de 50 lideranças de várias etnias estão participando do encontro que tem como discussão central a disputa de terras entre indígenas e fazendeiros.
No encontro na manhã de hoje, os índios declararam que estão cansados de esperar por justiça enquanto seus lideres estão morrendo, a exemplo do cacique Nísio Gomes, desparecido desde novembro do ano passado. Investigação da Polícia Federal revela que o líder foi morto e o corpo possivelmente desovado no Paraguai por fazendeiros.
Em Aral Moreira, Paulo Maldos chegou acompanhado de outros representantes da Funai de Brasília e do procurador Marco Antônio Delfino, do Ministério Público Federal (MPF) de Dourados.
Cerca de 300 indígenas participam da grande reunião (Foto: Ademir Almeida)
Ao Dourados Agora o Procurador disse que “o fato de todos os envolvidos na morte do cacique terem sido presos, é uma prova que a justiça não deixará mais esse tipo de crime ficar impune”.
Das 18 pessoas detidas acusadas de envolvimento na morte do cacique, nove já foram soltas, segundo informou ao Dourados Agora o advogado de defesa, Maurício Rasslam. Ele entrou com pedido de Habeas Corpus de todos os acusados. Um de seus clientes é o empresário Aurelino Arce, dono de uma empresa de segurança de Dourados, que segundo a PF foi responsável por invadir o acampamento e atirar contra os indígenas. O pedido de soltura de parte dos envolvidos foi concedido pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Antonio Cedenho.
Entre os presos ainda detido está um funcionário da Funai. Ele é acusado pelos crimes de quadrilha e coação no curso do processo. Segundo a PF, ele tentou coagir uma importante testemunha a mudar seu depoimento na polícia. Como o caso ainda tramita em segredo de justiça, os nomes dos indiciados não serão divulgados pela Polícia Federal, assim como detalhes específicos sobre as investigações.

Preocupação

Quando o assunto é questão fundiária, Mato Grosso do Sul é o que gera maior preocupação do governo Dilma. Paulo Maldos, que já esteve no final do ano passado em Dourados e Aral Moreira, para acompanhar o sumiço do cacique, diz que os conflitos envolvendo fazendeiros e indígenas é preocupante e deve chegar a um fim, o mais rápido possível.
Procurador Delfino (camisa branca) acompanha o encontro, que tem como discussão
central a disputa de terras entre indígenas e fazendeiros. (Foto: Ademir Almeida)

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