Pesquisadores do Tamar descobrem "peixe geleia" e moreia gigante


Moreia: mais de um metro de comprimento
  


O peixe tem excesso de gordura na cabeça

Brasília (22/10/2009) – Duas descobertas feitas por pesquisadores do Projeto Tamar, do Instituto Chico Mendes, movimentam os meios científicos ligados à biodiversidade marinha. Primeiro, foi uma espécie de peixe, que ganhou o nome de “cabeça de geleia”, e, depois, um bicho semelhante a uma moreia que mede mais de um metro. Conservados em formol, eles foram enviados para estudos a fim de que sejam confirmados como novas espécies. Os animais habitam águas profundas e foram capturados no litoral baiano por meio de anzóis circulares.
O oceanógrafo Guy Marcovaldi, chefe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas, centro especializado do Instituto Chico Mendes que mantém o Projeto Tamar, disse que, de acordo com as primeiras avaliações, o “cabeça de geléia” faz parte de uma superordem exclusiva da família Ateleopodidae, que tem quatro gêneros (Ateleopus, Parateleopus, Guntherus e Ijimaia) e 12 espécies conhecidas no Caribe, Atlântico e Pacifico. O exemplar descoberto na Praia do Forte, onde foram feitas as pesquisas, pode ser a 13ª espécie.
O peixe ganhou esse nome porque apresenta excesso de gordura na parte frontal. Sua cabeça, grande e mole, parece mais um monte de geleia. Ele tem ainda esqueleto largamente cartilaginoso e focinho bulboso. O exemplar, capturado a uma profundidade entre 200 e mil metros, mediu quase dois metros de comprimento.
A descoberta ocorreu no início de setembro. No mesmo mês, especialistas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) ratificaram a importância do fato. “O animal já foi confirmado como uma possível espécie nova, apesar de ainda não termos recebido a certidão de nascimento”, afirma Guy. A certidão é, na prática, a publicação da pesquisa em alguma revista científica de prestígio internacional, dando conta do achado. Os pesquisadores já providenciaram a divulgação.
Menos de um mês depois, em 1º de outubro, Marcovaldi capturou, também com o anzol circular, outra espécie marinha aparentemente nova: ela tem forma de moreia, mede 1,21 metro e pesa 3,5 quilos. Os pesquisadores ficaram impressionado com mais essa descoberta, principalmente porque foi feita na mesma área e profundidade em que foi encontrado o “cabeça de geleia”. Isso mostra que a biodiversidade da região precisa ser ainda mais investigada.



Ascom/ICMBio/MMA

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